domingo, 7 de setembro de 2014

O que vem por aí...


Depois de muito tempo sem publicar por aqui, mas sem nunca deixar os versos orfãos de uma voltinha (no face, não deixei de dar as caras), volto pra deixar o convite de nos reencontrarmos na página da Pqna Volta no facebook.
Lá, tem já um punhado de poemas esperando por você, leitor-camarada-irmão-do-rolê-versejante possível.
Além disso, ainda este mês, as primeiras duas canções do disco "Pqna Volta" aparecerão pelos ventos.
Vou postá-las aqui, lá e na página oficial no facebook  de modo que vocês poderão sentir-se em casa e baixá-las onde quiserem:, cá ou acolá.
Quem quiser ir direto ao ponto, e ouvir as canções todas, é só entrar na página do soundcloud, onde as músicas estão hospedadas.
O EP com cinco canções inéditas vem cantar por essas bandas em Novembro deste ano, o disco completinho chega em Março do ano que vem. Alegria luzindo umas melodias por aí! Êta, coisa boa!!!
Aqui vai uma foto prévia desse disco tinindo de azul novin,novin igual sorriso de vó.
Hasta siempre,
lm


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

canção


quando o barulho ficar mais calmo lá fora
e só a luz sobre o criado mudo ficar acesa
quando o barulho ficar mais calmo lá fora
e só ficar sobre a estante o susto no lugar
da surpresa
quando o barulho ficar mais calmo lá fora
e os dias ficarem sendo o que são
e nesse instante faltar embriaguez
e mais lúcido sorver o que é mais vão
quando o barulho ficar mais calmo lá fora

e quando quase tudo já não for senão
ou lembrança rara e vaga, pouca e trivial,
  do que é fácil de contar
que é quando o barulho fica mais calmo lá fora
que é quando o barulho fica mais alvo lá fora
que é quando marulho ...

só então eu volto
e digo tudo que a distância não condisse
e harmonizo e desarranjo
e desacato e não desato mais o nós
diremos tudo o que quisermos
elegeremos novos ermos
e de mãos soltas, lado a lado,
iremos juntos nos perder
sem preocupar, que é sempre hora de coisa à toa,   
que o nosso vinho já descansou um bom tempo
e já está calmo o barulho lá fora

e já não há mais barulho aí dentro.


sábado, 1 de junho de 2013



Contrário às próprias contradições.
Renegar a escolha e desviar
os olhos ao que eles mais supõem.
Como que por cinismo.
Como que por entrega.
Fazer da sombra um manto aquecido
no próprio ato de se esquecer.
E desenganar a sede e dormir na fome.
Fingir, sobretudo, sobre todos.
Ouvir um som lento e deixar-se
inebriar à cata de tempo.
Deixar o tempo cair.
Deixar os olhos caírem.
E jamais.
E suceder com eficiência a cada passo.
Esquecer. Esquecer. Esquecer-se
   em algum canto.
Evitar a lembrança a custo de grandes voltas.

Estar-se. Estagnar-se. Acomodar-se.
Um apartamento bem mobiliado com uma pintura abstrata na parede.
E algum espaço para os sapatos. Que são muitos. E iguais.
O mesmo vale para os caminhos.
Não cortar caminhos. Só os gastos.
Adiar a viagem. Adiar o sonhado dentro do ônibus naquele dia de chuva.
Adiar a coragem. Abandonar-se até não restar.
E diluir-se. Sem usar uma gota de vida.
                        *
Fugir pelo caminho mais longo.
O temporário. O impreciso. O inocente. Nunca ingênuo.
Ouvir a única música possível. A própria melodia.
A que vem antes.

E as coisas podem começar a ser diferentes.

segunda-feira, 18 de março de 2013

.





 no lugarejo onde vivem os ecos
     existe pelo menos uma voz
e mesmo quando a fala é silêncio
    - silêncio que reside em todos nós -
lá não há vazio ou recipiente
     esquecido da ausência de outra voz.


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Oração para as coisas que nunca foram e que nunca se em vão


I




II

Na noite, respingue um raspo de luz.
Um risco, no vento, desenhe um caminho.
E depois de guardado o azul
Fique pronta a partida, num ponto de linho.
Pronto esteja qualquer desejo
E seu desenho de traços e trapos.
Todo céu possível.  Todo chão dobrado.
Qualquer mínimo desleixo,
Algum segundo em pedaço
Saibam o silêncio e encontrem o recado
De saber o sempre surgir.
Desponte tudo em tanta surpresa,
Soberana do mundo e frugal a Beleza
Sossegue as têmporas das pressas
E contemple cada nota do ruído.
Quando houver Amor desencontrado
Haja largo espaço sem caber culpado
E visão distante de agradecidos.
Consciente da certeza dos sonhos
Eu saiba o acontecer do irrealizado
Que eu sou cada encontro que faço
Que eu sou cada erro que componho.

E o que nunca foi
Fique pronto pra começar;


sábado, 19 de janeiro de 2013

"É preciso de ritos"

             Sempre topa uma curva no vento
             onde falta ao sonho as cores de ontem.

             Sempre sobra, nos olhos,
                           areia pra soprar.
             Sempre falta, aos lábios,
                          a língua que responde
                          aos signos do distar, 
                          ao início do distante.

Arraial d'Ajuda
Mirante de Arraial d'Ajuda, um recanto de desejos e lembranças


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

PQNA VOLTA pelo Arraial



A PQNA VOLTA passou pelo Arraial D’Ajuda e teve como presente as vozes das senhoritas Karol Kamp e Karol Maia de BH, além da ajuda de André, Digão e Ricardo no registro camarada do rolê. Obrigado, parceiros!
Fica aqui também um abraço de gratidão para toda a galera que participou com um sorriso nos olhos e coração nos ouvidos. Valeu!!!
Paz e Bem!
Hasta siempre,

lm